quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Música do Dia - Natiruts/Deixa o Menino Jogar


Uma rubrica que, para além de me obrigar a uma publicação diária, reflecte algo que já é normal no meu dia a dia. Ou porque é a música que me está na cabeça quando acordo, ou porque é a primeira música que realmente me faz acordar quando já estou a trabalhar, ou aquela cuja letra vou a reflectir no caminho para o trabalho, ou simplesmente a que me fez, por vezes com uma simples nota, levantar os pelinhos dos braços, uma reacção física à emoção que me fascina e cuja explicação lógica ignoro.





As vibrações do reggae dos Natiruts tem vindo a ficar cada vez mais influenciadas pela boa interpretação do MPB que os grandes músicos de nova geração do Brasil andam a fazer. Esse facto é notável no Acústico de Natiruts, onde músicas de sempre parecem fazer ainda mais sentido do que nos seus álbuns de origem. Deste lado do atlântico partilhamos o mar, a devoção religiosa e laços suficientes para compreender cada mensagem de imposição da paz e do amor nos meios mais revoltados. Esta é para mim a mais terna mensagem social dos nossos irmãos do outro lado do mundo, onde a profundidade poética e musical se igualam perfeitamente. 

Esta Black Cow Vodka Pormete Ser Moooo'ito Boa

Visto neste perspectiva talvez não tenha muito valor notícia, mas é a maneira mais genuína de vos contar isto: Descobri uma nova maneira de acompanhar os cereais do pequeno almoço! Tudo porque há um queijeiro em West Dorset, na Inglaterra, que se cansou de estar sempre a fazer o mesmo cheddar e inventou a primeira vodka exclusivamente feita com leite, a Black Cow. Jason Barber, o inventor deste néctar, jura a pés juntos que isto é tão bom que nem dá ressaca. Portanto, agora o Chester chooses chestnuts, Cheddar cheese, and vodka e eu vou-me comprometer a testar essa teoria.

A lâmpada por cima da cabeça de Barber acendeu-se enquanto se cultivava em frente à sua Idiot Box e tropeçou num documentário sobre uns serranhos siberianos que se embebedavam com leite de iaque fermentado. Não sei como, mas Barber conseguiu transformar a ideia de beber iogurte estragado num destilado muito aberto a cocktails de luxo. Essa ideia demorou três anos a aperfeiçoar mas lá saiu a um preço que ronda os 50€ a garrafa de 70cl.

Depois de explicadinho o processo nem parece assim tão complexo nem me cheira a azedo. Qual Macgyver a escapar do deserto, esta vodka começa da mesma forma que o queijo: separa-se o coalho do soro e, enquanto o primeiro vira cheddar, o segundo é fermentado tal como uma cerveja, com todos os extras que levam à sua levedura. Assim que os açúcares do leite se transformam em álcool, o processo é semelhante à maioria das bebidas espirituosas, a bebida é destilada, é adicionado um mix especial (o segredo do chef) para equilibrar sabores e graduação, é filtrado três vezes e engarrafado numa garrafa toda catita para encarecer a matéria. Nada como ver e ouvir pelo próprio.

Não há caviar de Beluga nem estepes geladas nas paisagens desta vodka, mas um mais simpático quadro campestre Inglês, onde as 250 vacas deste queijeiro empreendedor passeiam por prados verdes e saudáveis. A realidade em que se enquadra esta bebida tão pouco tipicamente produzida nestas partes é tão preciosa, que o leite destes simpáticos animais já deu a Barber o prémio de Melhor Cheddar do Mundo em 2012. Em suma, parece-me mais barato e mais do meu género acompanhar um shot de vodka com um naco de queijo do que com um canapé de caviar... e se não der mesmo ressaca, por mim está comprado!


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Música do Dia - Archive/Meon

Uma rubrica que, para além de me obrigar a uma publicação diária, reflecte algo que já é normal no meu dia a dia. Ou porque é a música que me está na cabeça quando acordo, ou porque é a primeira música que realmente me faz acordar quando já estou a trabalhar, ou aquela cuja letra vou a reflectir no caminho para o trabalho, ou simplesmente a que me fez, por vezes com uma simples nota, levantar os pelinhos dos braços, uma reacção física à emoção que me fascina e cuja explicação lógica ignoro.





Ainda me faz lembrar os primeiros anos da SIC Radical, que era, então, mesmo radical, a apresentar programas que rompiam com aquilo que se fazia na TV portuguesa. Trouxe-me grandes referências como TV Funhouse, The PJ's, animes como Escaflowne, Cowboy Bebop e Trigun, o então irreverente Howard Stern, mas também me apresentou clássicos de culto como Twilight Zone. A música era o atributo mais especial, passando tudo o que não era mainstream e MTV, foi nessa altura que ouvi Archive, com o tema Again, e depois ia a correr ao Napster pôr a sacar os videoclips que gostava mais, que demoravam um dia inteirinho a descarregar. 

Naquela alltura não era fácil pôr as mãos em música que fosse mais alternativa e estes Londrinos do post-rock eram difíceis de agarrar. Com muita pesquisa lá se arranjou meia duzia de singles e vibrava com todos, este em particular. Hoje, sem querer, até tropecei na discografia completa, em pleno youtube, e fui logo recordar. E é assim que chega mais uma música do dia!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

300 Boas Maneiras de Encher a Garrafeira

A DECO Proteste lançou, no dia 9 de Outubro, o Guia de Vinhos Proteste 2015,  que se apresenta como uma ferramenta para que o consumidor final, seja ou não um entendido nos detalhes deste néctar, tenha acesso aos resultados do estudo que classificou uma selecção de 300 vinhos que podem ser facilmente encontrados no mercado português e com preços até um máximo de 15 euros. Os vinhos foram analisados por especialistas através de prova cega e análises laboratoriais no primeiro semestre deste ano, com a isenção e independência que já é reconhecida da DECO. 

A cerimónia de lançamento decorreu no Convento de Cardaes, em Pelno Bairro Alto, onde estiveram presentes Rodolfo Tristão, Presidente da Associação de Escanções de Portugal e Escanção da 1300 Taberna, que esteve na mesa de provas dos vinhos tintos, e Adelino Madeira, Maitre e Sommelier (que é a mesma coisa que dizer escanção mas que soa mais pomposo) do Restaurante Tavares Rico e gerente do Wine bar The Corkscrew, responsável pela mesa dos vinhos brancos, onde se puderam provar as colheitas mais bem cotadas no guia, nas categorias “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”.

Esta edição do guia apresenta um Dossier especial de Vinhos Tintos do Alentejo, que distinguiu o Vinha da Defesa Touriga-Nacional e Syrah 2011 e o Quinta do Carmo 2011 como os dois “Melhores do Teste” e ainda cinco “Escolhas Acertadas” de entre 85 vinhos. Entre os 110 Vinhos Brancos testados, os técnicos responsáveis pela classificação elegeram o Soalheiro Alvarinho como “Melhor do Teste” e mais cinco “Escolhas acertadas”, das regiões do Minho, Península de Setúbal e Alentejo. 



Já dos 105 Tintolis, foram escolhidos o Quinta do Falcão 2012 IG Tejo, o Casa Santos Lima Syrah 2011 IG Lisboa, o Porca de Murça Reserva 2011 DO Douro e o Frei João Reserva 2011 DO Bairrada como “Melhores do Teste” e mais três “Escolhas Acertadas”, das regiões do Douro, Bairrada, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo. 

O responsável de projectos da área alimentar da DECO Proteste e Coordenador técnico deste guia, Nuno Dias, explica que “Este Guia de Vinhos é diferente de todos os outros, pois para além das tradicionais provas, também contempla análises químicas e um estudo aprofundado de preços”, mostrando também uma preocupação séria com a segurança alimentar, como até exemplificou com a luta pela redução dos sulfitos, um produto do enxofre que conserva o vinho mas que é irritante para o organismo, sendo o responsável por ressacas de vinho manhosas. Nuno Dias elucidou que a lei era muito permissiva para com o uso desta substância e que a DECO conseguiu sensibilizar os produtores para a sua redução. 


Para além dos testes, o guia apresenta também um capítulo introdutório que explica o processo do vinho desde a videira ao momento da prova, aprofundando o conhecimento do tema, da mesma forma que faz uma análise detalhada das características das principais regiões vitivinícolas de Portugal, de uma forma que mesmo o Tó da Tasca podia saber um bocadinho mais sobre o que está dentro do biberão que passa o dia a vazar. Id Est, explica tudo desde o ciclo da videira e os seus abrolhamentos, uma palavra nova que eu aprendi e que faz lembrar uma coisa de que muita gente precisava, explicando o processo de produção de alguns vinhos especiais como o espumante ou os licorosos, até à forma correta de servir o vinho.


 Os anexos do Guia apresentam ainda o comparador de vinhos online, no website da DECO Proteste, assim como Vales de Desconto para utilização nas garrafeiras indicadas, uma vantagem exclusiva para um grupo a que eu só agora ponderei pretencer: os assinantes DECO Proteste.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

'O Lord, How Many Are My Foes' as Written by Chris Eaton

Since I was a child I've been told that singing to God is twice a prayer. Chris Eaton's version of a popular wartime prayer as become my own, as I hear the trumpets make his voice rise to the heavens above. This is how I ask for self awareness today: 








O, lord how many are my foes?
Can you smack them with your mighty blows,
And knock the lights out of all of those who dwell in me?

And where’s the one that I love best?
Why have you put me through this test?
Am I Cursed or am I blessed? In this my strike!

O, lord how many are my foes?
Can you count them on your mighty toes,
Or am I the only one of those that’s a threat to me?

For one like me, as troubles double fold
So the story goes, my mother told
Make me strong and make me further bold

To deal with life