Puxar-lhes o rabo só não chega.
Jamie Oliver tem agarrado os maiores touros pelos cornos. “Food Revolution” é o
mote deste chef, que já é uma lenda no
mundo da televisão e alimentação. Potenciado pela “Jamie Oliver’s Food Foundation”, o “Naked Chef” começou, em 2012, o programa de TV “Jamie’s Food
Revolution”, do qual o momento mais famoso foi a vitória da batalha judicial
contra a gigante McDonalds, depois de ter descoberto que a cadeia de fast-food usava hidróxido de amoníaco
para lavar as peças de carne menos nobres dos animais e conferir-lhes uma
textura mais gorda para fazer os deliciosos hambúrgueres que tantos adoram.
O porta-voz da McDonalds veio de
rabinho entre as pernas dizer que tinham mudado a receita mas que a decisão não
estava relacionada com a denúncia de Jamie. Quanta honestidade e modéstia. “Food Revolution” vai ainda mais longe, entre Londres e Los Angeles, Jamie Oliver
está a mudar mentalidades e hábitos, desde o pai solteiro aos agrupamentos
escolares, passando por restaurantes locais de fast-food. O objectivo é que as pessoas consumam mais vegetais e
produtos não processados, melhorando assim a condição física e a saúde da
população. A mudança tem sido uma autêntica guerra, principalmente nas escolas
de L.A.. Mesmo munido com provas científicas de que o desempenho dos alunos
seria melhor se comessem melhor, a entidade que regula as escolas da cidade dos
anjos considerou que o investimento era muito grande e que o nível de qualidade
existente já era muito bom. O antigo director dessa entidade até teve uma saída
infeliz quando vedou o acesso da equipa de Jamie às escolas e disse que era uma
decisão dele e não da entidade. Depressa foi corrido e o novo director não
tardou a reatar as relações com o “Naked Chef”, dando nova oportunidade aos
seus esforços.
A revolução não passa só por este
programa. A fundação de Jamie está por trás de mais uma série de projectos
relacionados com a intervenção nas escolas, como a abertura de dinners nas imediações das escolas,
incentivando os alunos a irem lá comer as receitas saudáveis do chef e o “Kitchen Garden Project” que
tem como objectivo inserir aulas de cozinha nas escolas primárias, para que se
deixe ouvir respostas como “O leite vem do pacote” e “A massa é um produto
animal”. Para além disso, abriu o restaurante “Fifteen”, onde dá formação a
jovens com problemas familiares e escolares, no sentido de criar uma nova
oportunidade para os que vêm de meios disfuncionais. Não esquecendo ainda “Ministry
of Food”, uma série de escolas espalhadas pelo Reino Unido que ensinam truques
práticos de cozinha para os mais azelhas e “Revolution Day”, uma espécie de Masterclass itinerante onde todos os
locais são convidados a participar.
Respeito para esta personalidade que enche as mãos com
trabalho que faz diferença. Para além desta nova vertente como activista da
alimentação, Jamie ainda é autor de mais uma série de programas de televisão,
como “15 minute meals” e “Jamie’s Grea Brittain”, e livros, como “Jamie’s
America” e “Jamie’s Italy”, sempre com o objectivo de mostrar ao público novas
maneiras de cozinhar e comer melhor e mais saudável. Só me resta dizer, “Go my
son!” e muda o mundo enquanto eu te vejo do meu sofá e como nuggets.
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