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Decretada pelo Marquês de Pombal, em 1756, a Região Vinhateira do Alto Douro é única nas virtudes do solo xistoso aliado à exposição solar privilegiada, com as características ímpares de uma paisagem cultural, rodeada de montanhas que lhe dão as características mesológicas, climáticas e perlimpéupéu particulares desta região e tal.
Embora esse seja imprescindível o milagre científico, o que me cheira a vinho é o trabalho árduo do homem do Douro, grande conhecedor do produto de excelência que tem uma origem tão humilde nesta terra. com mãos calejadas e pernas manchadas da uva.
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A Região Demarcada do Douro é onde se produzem os vinhos correspondentes às denominações de origem D.O.C. Porto e D.O.C. Douro e estende-se por 22 concelhos, o que corresponde a 250 mil hectares. 24 mil desses hectares são agora classificado pela UNESCO como Património Mundial, sendo a zona classificada uma fiel representação da diversidade do Douro, com as suas sub-regiões do Baixo Corgo, do Cima Corgo e do Douro Superior, criando medidas de ordenamento e gestão do território e de qualificação e valorização ambiental muito bem-vindas para o território. Esta classificação intensificou o tráfego fluvial de barcos de cruzeiro para turistas, as quintas, antes privadas e cerradas ao mundo, abriram as portas às Rotas do Vinho do Porto, o comboio histórico regressou à Linha do Douro e os desportos náuticos passaram a ser uma constante nas águas fluviais. Parece-me prova suficiente que o vinha faz bem à saúde.
O mundialmente célebre vinho do Porto, cujas origens remontam à segunda metade do século XVII, altura em que a iguaria começa a ser produzida e exportada em quantidade, especialmente para a Inglaterra, tem sido alvo de adulteração em vários momentos na história, tendo sido criadas várias formas de proteger esta região, antes do largo contributo da UNESCO, como a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criada em Setembro de 1756, que promoveu a colocação de mais de 300 marcos pombalinos, que delimitavam a região, ou seja, o tão aclamado momento histórico em que foi demarcada a primeira região vinhateira no mundo.
Graças à constante atenção dada a este ouro português, é possível hoje apreciar, com qualidade, 'várias variantes' (tropeça a língua) do vinho do Porto, como o Lágrima, um branco que pode ser seco, doce ou muito doce e que chega ao mercado depois de três anos de estágio, o Ruby, um tinto também amadurecido, tradicionalmente, por três anos, o Tawny, que envelhece cerca de 5 anos em cascos de carvalho antes de chegar a garrafa, os de Estilo Vintage, que podem ser apreciados logo após o engarrafamento, os Crusted, envelhecido em casco durante 2 ou 3 anos e por mais 3 ou 4 em garrafa, antes de ser consumido e ainda os premium Late Bottled Vintage, que resultam apenas de colheitas de boa qualidades passa entre 4 a 6 anos em cascos antes de ser engarrafado e os Real Vintage, que nem todas as vindimas podem gerar, uma vez que são resultado de uma reunião de excepcionais condições climáticas que permitem maturações ideais em anos de excelência.
Seja por este afamado Vinho do Porto ou pelos mais recentemente reconhecidos vinhos de mesa de grande qualidade, o rio Douro e os seus afluentes, os muros de xisto, suportam alas de videiras carregadas com cachos de uva branca ou tinta, verdadeiro símbolo da região, que não só alteraram a paisagem como o ritmo da vida dos durienses, com Inverno calmo, uma primavera e verão cheios de vida e actividade dos visitantes, que dão lugar à azáfama das vindimas, no outono, com o descer e subir de cestos e tesouras de poda, nas encostas repletas com os árduos trabalhadores durienses.
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